Qual a sua forma de manifestar o amor? Qual a forma correta? Existe forma correta d manifestar amor?
- Casa de Caridade Gauisa
- 30 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Ouvi dizer, muitas vezes, através de um sábio velhinho, que o amor é o caminho.
Mas que caminho é este?
Um manifesta o amor dizendo "eu te amo". Outro manifesta o amor dizendo "eu me preocupo com você". Já outro manifesta amor trazendo, da rua, uma flor. Ou, manifesta o amor pelo abraço. Ou fazendo uma comida favorita, que nem sempre precisa ser a própria comida, mas a comida do outro.
A forma de manifestar o amor - para além do livro das linguagens do amor - é bastante pessoal e, acredito, ilimitada. E sem qualquer tipo de julgamentos.
Não existe a forma correta ou incorreta de manifestar o amor a alguém. Se ele - o amor - é o caminho, cada um pode ter o seu. Pode ser uma reta. Uma curva. Uma ladeira. Pode ser um caminho florido. Ou um caminho cheio de pedregulhos. Tudo é o caminho. A forma de chegar a algum lugar. O amor como forma de chegar a um lugar.
E só o AMOR é bem amplo. Pode ser um amor de mãe. De filho. De irmão. De parceiro ou parceira. Pode ser um amor monogâmico. Pode ser um amor hétero. Ou o amor LGBTQIA+.
Agora, o amor que a gente precisa descobrir, e acessar, e saber qual é o correto é o auto. Aquele, o amor próprio. E aí, de novo, o caminho é pessoal, individual, intransferível.
E aí não há outro que nos ensine "gosto de ser amada assim ou assado". Porque o outro que nos ensina sobre o auto amor é o outro que mora em nós. Pode ser o outro-mãe-interna, que nos ensinou cantando. Pode ser o outro-pai-interno, que nos ensinou da forma possível. Pode ser o outro-amigos, o outro-parceira. Mas, sobretudo, é este outro que mora dentro de nós é que nos diz como devemos nos amar. O caminho? Ele também mora do lado de dentro.
E, a partir desse amor - que é também aprendido e apreendido - de dentro, de mim por mim mesma, posso manifestar o amor pelo outro. A grande chave é: você já perguntou ou tentou descobrir como o outro gosta de ser amado?
Eu, por exemplo, não gosto de massagem. Mas uma coçadinha nas costas é sinal de muito amor, pra mim. Tem pessoas que coçam as minhas costas como ninguém...
Tem gente que pode querer o amor em formato da comida preferida. Mas pode ter gente que só um olhar e um balbucio de "te amo" num dia qualquer seja mais significativo. Tem gente que acha que o amor é dito. Tem gente que acha que é vivido. Tem gente que pode nem precisar dele. Mas todo mundo sempre precisa...
O amor? Não tem certo e errado. Tem o próprio e o manifestado. Se dê. Pergunte. Descubra. Ame. Você. E a outra. O outro.
O amor é o caminho. Caminhe.
Texto: Luana Zanelli
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