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A Magia da Pemba

Atualizado: 14 de set. de 2022

De grande utilização na umbanda, a pemba é um giz de calcário e está presente em vários rituais e trabalhos magísticos, como casamentos, batizados, feituras, amacis, curas, benzimentos, imantação e consagração de objetos.


No livro “A umbanda através da magia”, de Rachel Nogueira Gusmão, a pemba é descrita como:


“A força misteriosa da escrita astral que tem o poder de fechar, trancar ou abrir um terreiro, de acordo com os trabalhos que vão ser praticados. Ela é o instrumento mais usado e mais poderoso da Umbanda, porque faz a sua escrita em todas as linhas e em todas as cores, centralizando sobre o terreiro a força da magia para que sob seu domínio, dos seus riscos, possa a água, o fogo, a luz, as ervas e todos os outros materiais formarem verdadeira magia astral.”


De fato, a pemba é a ligação do mundo espiritual ao mundo material, onde as entidades de luz a utilizam para realizar seus trabalhos, firmar suas energias no terreiro ou onde houver necessidade. Daí a importância dela ser sempre consagrada por um guia espiritual antes de qualquer uso, dando a esse giz o potencial divino e energético, necessários para a finalidade de um determinado trabalho.


Há muitos tipos de pembas em seus formatos e cores, cada uma com sua utilidade específica, sendo a de cor branca a mais comum e abrangente.


Podemos observar que é muito comum durante alguns atendimentos, a entidade espiritual utilizar a pemba para fazer cruzes nos pés, nas mãos, na nuca e na testa do consulente, como forma e intenção de protegê-lo, de fixar sua energia transformadora.


Em alguns terreiros, também podemos ver na abertura das giras a utilização da pemba em forma de pó. Ele é assoprado no ambiente, em direção aos médiuns e à assistência com o propósito de repelir más energias, criando uma atmosfera de harmonia e proteção espiritual. Normalmente, este pó de pemba é feito pelo dirigente da Casa, que rala a pemba e a consagra em seu congá antes de ser utilizado.


As entidades espirituais também utilizam a pemba para riscarem seus pontos de firmeza no chão ou em tábuas de madeira, como forma de se identificarem e darem a sua assinatura ao chegarem em terra. Assim, ela funciona como uma espécie de caneta, onde são impressos grafismos e sinais que identificam as entidades sobre a sua origem, vibração, linha, além do seu ponto de força.


Listamos alguns exemplos mais conhecidos de grafias e suas representações dos Orixás:

Oxalá: grafias que indiquem a presença de luz.


Erês: brinquedos e doces em geral

Iansã: taça, raio

Iemanjá: estrela, âncora, ondas e conchas

Oxum: lua, coração

Oxóssi: flecha e arco

Ogum: espada e lança

Xangô: machado

Nanã: chave

Obaluaê / Omulu: cruz


Por representar uma linguagem do astral, a pemba é tão considerada que costuma-se chamar os filhos de uma casa de umbanda de “Filhos de Pemba”, como tão apropriadamente fala este ponto de Sandro Luiz.


Filhos de Pemba

Dia e noite eu vou cantar (Eu vou cantar)

Noite e dia eu vou louvar (Eu vou louvar)

Vou louvar meu Pai Xangô (Kaô meu pai, kaô!)


Se a mãe sereia me mandar (Se me mandar)

Nessa linda lua de Ogum (De Ogum)

Pra iluminar nosso congá

Pai Oxalá sempre tem mais um


Um filho de pemba que tem fé (Nós temos fé)

Um filho de pemba que tem luz (Nós temos luz)

Pra iluminar nosso congá

Pai Oxalá sempre tem mais um


Salve nosso Pai Oxalá! Salve nossa Umbanda sagrada!

 
 
 
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